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Gaspar de Carvalho foi casado em primeiras núpcias com Maria de Aguiar da qual teve os filhos: António Lopes de Carvalho, João Lopes de Carvalho, Jerónimo de Carvalho, Beatriz de Carvalho, Maria Mendes, Catarina de Carvalho e Constança de Carvalho. Segundo Felgueiras Gaio, Gaspar de Carvalho casou em segundas núpcias com Ana Fontes, de quem teve Luís Lopes de Carvalho. No ALB não existe qualquer documento onde seja referida Ana Fontes.
Herdou os morgadios instituídos pelo seu tio avô Vasco Lourenço e pelo tio Diogo Lopes de Carvalho, por morte do último, cerca de 1541-1542, que o nomeou administrador. Já em 1536, temendo a morte do tio, então bastante doente, tinha pedido ao monarca para ser o seu sucessor na capela de Vasco Lourenço, facto que relembra numa carta de mercê de 1544, dizendo que não sabia a forma como se procedia à transmissão daquele vínculo e que tinha medo de lha não darem. Relembramos que Diogo Lopes de Carvalho tinha feito a anexação dos dois morgados no seu testamento de 1536 e que ao rei pertencia a capacidade de prover a administração dos mesmos, pelo que D. João III lhe deu a mercê em 1544 .
A 1 de outubro de 1526 o rei confirmou-lhe a posse e administração do casal e capela do Pinheiro, situada na igreja de Santa Maria do Ameal, da vila de Torres Vedras, que lhe fora dada em dote pelo seu sogro, o doutor Rui Gomes. A capela podia ser transmitida ao seu herdeiro, filho ou filha mas, em 1534, Gaspar de Carvalho renunciou à capela, a qual foi entregue a Mem de Sá.
Cavaleiro da Ordem de Cristo, licenciado, foi desembargador da Casa da Suplicação e nomeado desembargador e procurador dos feitos da fazenda a 14 de março de 1526, com 50.000 reais de tença anuais. A 18 de Março de 1528, foi nomeado juiz de todos os feitos da fazenda régia. Chanceler-mor no reinado de D. João III em 1531-1532. Redigiu os “apontamentos” de D. João III em que o soberano declarava a sua última vontade de deixar à rainha a tutoria do neto, D. Sebastião, e a regência do reino. Em 1533 para além do cargo de corregedor dos feitos crimes exercia o cargo de almotacé-mor.
Foi enviado como embaixador a Castela, para acompanhar a princesa D. Maria, filha de D. João III, para casar com Filipe II.
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CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAAR(CPF): Norma Internacional de Registos de Autoridade Arquivística para Pessoas Colectivas, Pessoas Singulares e Famílias. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2004, 79 p.
DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.
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CUP, vol. XIII - 1526-1529, doc. 5585, p. 152-153. GAIO (Nobiliário, t. IX, p. 101) atribui-lhe ascendência genovesa. Veja-se também ESPERANÇA, Manuel da, Frei – Historia Serafica da Ordem dos Frades Menores de S. Francisco…, segunda Parte, livro 7, cap. 12, p. 126.
Tal como para Diogo Lopes de Carvalho, seu tio, surgem vários Gaspar de Carvalho: um Gaspar Carvalho, clérigo ou leigo da diocese de Braga, 22 de outubro de 1516, que estudou Direito Civil durante vários anos na Universidade de Salamanca. (CUP, vol. XI - 1511-1520, p. LXIV; doc. 4685, p. 421-422); um Gaspar Lopes a quem o Duque de Bragança mandou fazer, em 20 de abril de 1534, a demarcação sobre os concubinatos existentes na Sé de Braga. (CUP, vol. XV - 1288-1537, doc. 6690, p. 311-313) e ainda um Gaspar Lopes, escolar em leis a 15 de junho de 1517, um licenciado presente na eleição de Jorge Cabral para a catedrilha de Instituta a 16 de junho de 1518, no auto de eleição do Dr. Jorge Fernandes para a cadeira de Leis em 15 de novembro de 1521, e no auto de eleição do bacharel João Álvares para a cadeira de Instituta do Estudo Geral de Lisboa a 8 de fevereiro de 1522. (Auctarium, vol. II, doc. 560, p. 20-21; doc. 673, p. 103; doc. 764, p. 191; doc. 775, p. 201). BNP, ALB, Roma, cx. 106A, mç. 165, cap. 7, cota antiga: 726. BNP, ALB, Roma, cx. 104B, mç. 161, cap. 4, cota antiga: 247.
963 8 de setembro de 1522. CUP, vol. XIII - 1526-1529, doc. 5585, p. 153, baseado em Chanc. D. João III, liv. 36, fl. 165. 964 CUP, vol. XIII - 1526-1529, doc. 5585, p. 152-153, e nota 2, baseado em Chanc. D. João III, liv. 36, fl. 165. Rui Gomes, desembargador e juiz dos feitos da Guiné, era administrador da capela desde o tempo de D. Manuel, que lhe confirmara a capela em 2 de maio de 1514, também recebida em dote pelo seu casamento com a filha do Licenciado João Braga. Veja-se CUP, vol. XI - 1511-1520, doc. 4514, p. 253254, nota 2. 965 CUP, vol. XIII - 1526-1529, doc. 5585, p. 153. 966 CUP, vol. XV - 1288-1537, doc. 6681, p. 294-295, baseado em Chanc. D. João III, liv. 20, fl. 104v. 967 Nomeado em 1527. FARIA, António Machado de – “Cavaleiros da Ordem de Cristo no século XVI”, cit., p. 46. 968 Autorizado a andar de mula por carta de 30 de setembro de 1529 (CUP, vol. XIII - 1526-1529, doc. 5966, p. 532, baseado em Chanc. D. João III, liv. 17, fl. 149), figura como estudante de Direito na Universidade de Lisboa em 1510, 1517 e 1518, participando em 1521 e 1522, nas eleições de candidatos respetivamente para a cadeira de Leis à hora de véspera e para a cadeira de Instituta. Ver doc. 5966, nota 1. CUP, vol. XIII - 1526-1529, p. LXXXI. 969 CUP, vol. XIII - 1526-1529, doc. 5485, p. 52, baseado em Chanc. D. João III, liv. 36, fl. 47v. 970 CUP, vol. XIII - 1526-1529, doc. 5792, p. 378, baseado em Chanc. D. João III, liv. 14, fl. 76. 971 Em substituição de Álvaro Fernandes, a 21 de Abril de 1531 (veja-se nota 1 ao doc. 6091, CUP, vol. XIV - 1530-1532, p. 141, baseado em Chanc. D. João III, liv. 9, fl. 42), 25 de Maio (id., doc. 6102, p. 153, baseado em Chanc. D. João III, liv. 9, fl. 36), em 27 de Novembro (CUP, vol. XIV - 1530-1532, doc. 6210, p. 336-337, baseado em Chanc. D. João III, liv. 9, fl. 101) e em 4 de Dezembro do mesmo ano (id., doc. 6212, p. 339-341, baseado em Chanc. D. João III, liv. 9, fl. 102v; 1 de janeiro de 1532 (id., doc, 6221, p. 358-359, baseado em Chanc. D. João III, liv. 50, fl. 113. O cargo era exercido, se não em modo definitivo, pelo menos em regime de substituição, pelo que era por vezes necessária a transcrição da fórmula completa do desembargo, abrangendo todos os títulos dos ofícios do desembargador. Estava seguramente no cargo a 19 de janeiro de 1532 (id., doc. 6230, p. 370-371, baseado em Chanc. D. João III, liv. 16, fl. 3) e 1533 (id., doc. 6241, p. 383-384, baseado em Chanc. D. João III, liv. 16, fl. 6). 972 RAU, Virgínia – A Casa dos Contos. Os três mais antigos regimentos dos contos (1389, 1419 e 1434). Para a história do Tribunal de Contas. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2009, p. 196, nota 3; VELOSO, J. M. de Queirós – D. Sebastião: 1554-1578. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1935, p. 19 e ss. 973 CUP, vol. XV - 1288-1537, doc. 6596, p. 187-188, baseado em Chanc. D. João III, liv. 46, fl. 97. 974 GAIO – Nobiliário, t. IX, p. 101.