Código de referência
PT/LVBNTS/ LVBNTS/SC 06/SS 02/SC 04/SSC 04.01/19
Título
[Carta de emprazamento de metade do casal de Quintela, pertencente à igreja de S. Salvador de Sabadim, feita por João Coimbra, provisor e vigário geral do arcebispado de Braga, e pelo abade da referida igreja a Gonçalo Barros, clérigo de missa]
Data(s)
- 1524-01-25 (Produção)
Nível de descrição
Documento simples
Dimensão e suporte
1 doc.; perg.
Área de contextualização
Nome do produtor
Lima. Família, viscondes de Vila Nova de Cerveira (1476-1578)
(1476-1578)
História biográfica
A família/Casa dos Limas é iniciada com o fidalgo de origem galega Fernão Eanes de Lima, que contraiu matrimónio com uma senhora linhagem dos Silva, D. Teresa da Silva. Esta foi continuada por Leonel de Lima, que, em 1429, sucedeu a seu irmão mais velho, falecido sem descendência, nos bens da Coroa de que este e o seu pai haviam sido donatários na região minhota. Leonel de Lima contraiu matrimónio com uma senhora descendente das linhagens dos Cunhas e dos Melos, D. Filipa da Cunha. Recebeu o título de visconde de Vila Nova de Cerveira em 1476. Assegurou a transmissão do título e de um conjunto de bens e direitos da Coroa que já haviam sido de seu pai e de outros que recebeu de juro e herdade, nomeadamente a alcaidaria-mor de Ponte de Lima. Estes bens foram sendo transmitidos e acrescentados pelos seus sucessores até à morte do 5.º visconde de Vila Nova de Cerveira, D. Francisco de Lima, em 1578.
Depois da quebra de varonia, a sucessão na Casa veio a ser assegurada, em 1579, por um neto, Lourenço de Lima Brito Nogueira, filho de Luís de Brito Nogueira e de Inês de Lima, filha do falecido visconde.
Depois da quebra de varonia, a sucessão na Casa veio a ser assegurada, em 1579, por um neto, Lourenço de Lima Brito Nogueira, filho de Luís de Brito Nogueira e de Inês de Lima, filha do falecido visconde.
Nome do produtor
Lima, Francisco de (n. [a. 1494] – m. 1550-12-24)
(n. [a. 1494] – m. 1550-12-24)
História biográfica
Filho D. João de Lima, 2.º visconde de Vila Nova de Cerveira, e de Catarina de Ataíde, nasceu antes de 1494. Teve um irmão mais velho, Fernando de Lima, que faleceu moço. Por isso, quando seu pai morreu entre o final de 1507 e os inícios de 1508, sucedeu-lhe em todas as donatarias da Coroa que este possuía. Foi o 3.º visconde de Vila Nova de Cerveira por carta de 7 de abril de 1508. A 10 de maio desse ano, recebeu as confirmações dos restantes senhorios e jurisdições que seu pai havia possuído. Foi-lhe igualmente confirmada a alcaidaria de Ponte de Lima, que seu avô havia recebido de juro e herdade, e sucedeu na administração do morgadio de Gaião, que sua mãe havia recebido do irmão Pedro Gonçalves de Ataíde em dote.
D. Francisco de Lima ainda era muito jovem quando todo este património lhe foi confirmado. Nesse mesmo ano, o rei de Fez cercou Arzila e D. Francisco de Lima partiu, em 1510, na expedição que tinha como fim libertá-la. Permaneceu nessa praça como fronteiro, realizando saídas a locais na região envolvente.
João Gomes de Abreu refere que, depois de ter regressado da expedição, casou-se com Isabel de Noronha, filha dos segundos condes de Abrantes. Contudo, em duas cartas de confirmação de 1502, esta senhora já é mencionada como esposa de D. Francisco de Lima, pelo que o casamento terá ocorrido antes de 17 de julho de 1502. Deste casamento nasceram cinco filhos, entre eles o sucessor João de Lima, que veio a ser o 4.º visconde de Vila Nova de Cerveira.
D. Francisco fez parte do Conselho de D. João III, mas ter-se-á deslocado várias vezes a Ponte de Lima ou permanecido aí algumas temporadas desde a sua sucessão na Casa.
A 4 de julho de 1518, o monarca concedeu-lhe a capitania-mor de Ponte de Lima em sua vida. Mercê que logo foi contestada pelos moradores da referida vila, pois esse cargo sempre fora do Senado da Câmara, e, por sentença de D. Manuel I de 20 de março de 1520, a mercê foi anulada.
Casou em segundas núpcias com D. Filipa da Silveira. O casamento ocorreu antes de 26 de setembro de 1528, data em que o visconde e a segunda esposa emprazam três courelas de oliveiras, na Corredoura, no termo de Azambuja. Dela não teve descendência.
João Gomes de Abreu refere as benfeitorias feitas por este visconde no seu património do Alto Minho, nomeadamente nos Paços de Ponte de Lima, no convento de Santo António da mesma vila, onde mandou construir uma capela própria, e em Giela, sendo-lhe atribuída responsabilidade pela construção do paço junto à velha Torre.
Faleceu a 24 de dezembro de 1550 como se refere na carta de 9 de julho de 1566 de confirmação da tença de 50 000 reais a seu filho D. João de Lima.
D. Francisco de Lima ainda era muito jovem quando todo este património lhe foi confirmado. Nesse mesmo ano, o rei de Fez cercou Arzila e D. Francisco de Lima partiu, em 1510, na expedição que tinha como fim libertá-la. Permaneceu nessa praça como fronteiro, realizando saídas a locais na região envolvente.
João Gomes de Abreu refere que, depois de ter regressado da expedição, casou-se com Isabel de Noronha, filha dos segundos condes de Abrantes. Contudo, em duas cartas de confirmação de 1502, esta senhora já é mencionada como esposa de D. Francisco de Lima, pelo que o casamento terá ocorrido antes de 17 de julho de 1502. Deste casamento nasceram cinco filhos, entre eles o sucessor João de Lima, que veio a ser o 4.º visconde de Vila Nova de Cerveira.
D. Francisco fez parte do Conselho de D. João III, mas ter-se-á deslocado várias vezes a Ponte de Lima ou permanecido aí algumas temporadas desde a sua sucessão na Casa.
A 4 de julho de 1518, o monarca concedeu-lhe a capitania-mor de Ponte de Lima em sua vida. Mercê que logo foi contestada pelos moradores da referida vila, pois esse cargo sempre fora do Senado da Câmara, e, por sentença de D. Manuel I de 20 de março de 1520, a mercê foi anulada.
Casou em segundas núpcias com D. Filipa da Silveira. O casamento ocorreu antes de 26 de setembro de 1528, data em que o visconde e a segunda esposa emprazam três courelas de oliveiras, na Corredoura, no termo de Azambuja. Dela não teve descendência.
João Gomes de Abreu refere as benfeitorias feitas por este visconde no seu património do Alto Minho, nomeadamente nos Paços de Ponte de Lima, no convento de Santo António da mesma vila, onde mandou construir uma capela própria, e em Giela, sendo-lhe atribuída responsabilidade pela construção do paço junto à velha Torre.
Faleceu a 24 de dezembro de 1550 como se refere na carta de 9 de julho de 1566 de confirmação da tença de 50 000 reais a seu filho D. João de Lima.
Nome do produtor
Noronha, Isabel de (flor. 1492-1526)
(flor. 1492-1526)
História biográfica
Isabel de Noronha é filha dos segundos condes de Abrantes, D. João de Almeida e D. Inês de Noronha. Casou-se com Francisco de Lima antes de 17 de julho de 1502. Nessa data, é identificada como sua esposa numa carta de confirmação de um alvará de 20 de março de 1492, no qual o monarca assegurava a sobrevivência de uma tença de 100 000 reais que tinha sua avó a condessa D. Brites. Numa outra carta de confirmação de 8 de agosto de 1502 também é citado o seu marido; esta relativa a uma tença de 15 000 reais que lhe havia sido prometida pelo rei D. Manuel I, seu primo, num alvará de 4 de novembro de 1492, quando saísse de sua Casa e até ao final da sua vida. Foi 3.ª viscondessa de Vila Nova de Cerveira. Faleceu entre 1526 e agosto de 1528, pois nesse mês D. Francisco de Lima já se preparava para casar, em segundas núpcias, com D. Filipa da Silveira.
Nome do produtor
Barros, Gonçalo de (flor. 1524)
(flor. 1524)
História biográfica
Foi abade da igreja de S. Salvador de Sabadim (Arcos de Valdevez)
Entidade detentora
História do arquivo
O documento está depositado no Arquivo Distrital de Braga e terá pertencido à coleção de Manuel de Oliveira (conhecida como Fundo Barca Oliveira). Depois da venda do Paço que os marqueses de Ponte de Lima possuíam em Ponte de Lima, em 1868, as irmãs de um dos proprietários ofereceram, nos inícios do século XX, a documentação que se encontrava no edifício ao médico e bibliófilo Manuel de Oliveira. Depois de este ter falecido, em 1918, a sua coleção foi vendida à Câmara Municipal de Braga e, mais tarde, por permuta, passou para a Biblioteca Pública Municipal de Braga, provavelmente em 1926. Após a transferência da Biblioteca e do Arquivo do antigo Convento dos Congregados do Oratório para o Paço dos Arcebispos em 1934, deu-se a separação informal dos impressos (a cargo da primeira) e dos manuscritos (responsabilidade da segunda), que se tornou definitiva em 1974 com a cisão das duas instituições e a sua incorporação na recém-criada Universidade do Minho. Os manuscritos pertencentes aos marqueses de Ponte de Lima ficaram no Arquivo Distrital de Braga.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Gonçalo de Barros, abade da igreja de S. Salvador de Sabadim, enviou petição ao Doutor João Coimbra, provisor e vigário geral do arcebispado de Braga por D. Jorge da Costa, para que se emprazasse em três vidas a Gonçalo de Barros, clérigo de missa, metade do casal de Quintela, situado na freguesia de Sabadim e pertencente à igreja.
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de organização
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
Script do material
Cota(s)
ADB/ I-22-C-1-2-28
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de descrição
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Related descriptions
Zona de notas
Nota
Nota ao elemento de informação “código de referência”: o código de referência é atribuído e não corresponde ao código que os documentos têm na sua entidade detentora. Para a sua recuperação, é necessário recorrer à cota indicada na descrição.
Identificadores alternativos
Pontos de acesso
Pontos de acesso - assunto
Pontos de acesso - lugares
Ponto de acesso - nome
- Lima. Família, viscondes de Vila Nova de Cerveira (1476-1578) (Produtor)
- Lima, Francisco de (n. [a. 1494] – m. 1550-12-24) (Produtor)
- Noronha, Isabel de (flor. 1492-1526) (Produtor)
- Barros, Gonçalo de (flor. 1524) (Produtor)
Zona do controlo da descrição
Identificador da descrição
identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2002, 97 p.
DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.
DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.
Estatuto
Preliminar
Nível de detalhe
Parcial
Datas de criação, revisão, eliminação
2023-09-17
Idioma(s)
Script(s)
Fontes
Para a história custodial: Lopes, Filipa - História(s) de uma Casa e de um arquivo: os Viscondes de Vila Nova de Cerveira, da ascensão à consolidação institucional (séculos XIV-XVII). Lisboa: FCSH-UNL, École nationale des chartes, 2023. Tese de doutoramento, subcapítulos 5.1 e 5.2.
Nota do arquivista
Criado por Filipa Lopes.