As linhagens Brito e Nogueira cruzaram-se através do casamento de João Afonso de Brito e Violante Nogueira, que ocorreu antes em 1407. O filho de ambos, Mem de Brito, sucedeu a seu pai na administração do morgadio de Santo Estêvão de Beja. Além disso, na sequência dos acordos que fez, em 1456, com seu tio, Afonso Nogueira, irmão da mãe e administrador dos morgadios dos Nogueiras, concentrou igualmente em si as administrações destes vínculos, com a obrigação de os administradores futuros conservarem o apelido Nogueira. Desta forma, a documentação dos arquivos organizacionais detidos pelos administradores dos morgadios dos Nogueira deu entrada no da família Brito, na geração de Mem de Brito. Considerámos, por isso, a família/Casa dos Brito Nogueira, a partir da geração chefiada por este fidalgo.
A linha de administradores que se criou contribuiu para a manutenção e transmissão de um arquivo organizacional ao longo de várias gerações. Considerámos que Luís de Brito Nogueira foi o último representante desta Casa, antes de a sua continuidade ter sido assegurada pelo filho que teve com Inês de Lima, filha do 5.º visconde de Vila Nova de Cerveira, um Lima Brito Nogueira.

Filho primogénito de João Afonso Nogueira e de Violante Nogueira. Em 1456, Afonso Nogueira, irmão de sua mãe e administrador dos morgadios dos Nogueira realizou com ele um acordo sobre a transição da administração destes morgadios para a linhagem dos Brito, administradores do morgadio de Santo Estêvão de Beja, com a obrigação do uso do apelido Nogueira . Mem de Brito foi cavaleiro da Casa do rei, e, pelo apoio que certamente lhe prestou em Alfarrobeira, recebeu metade da jurisdição da vila de Aveiras , que havia pertencido a Gonçalo de Ataíde . Casou-se com Grimanesa de Melo, donzela da rainha D. Leonor e filha de Estêvão Soares, senhor de Melo. O casamento talvez tenha ocorrido por volta de 1440 . Tiveram os seguintes filhos: o primogénito e sucessor Luís de Brito, João de Brito, Álvaro Nogueira, Gomes Nogueira.