Código de referência
Título
Data(s)
- 1499-04-22- 2015-05-01 (Produção)
Nível de descrição
Dimensão e suporte
Área de contextualização
Nome do produtor
História biográfica
Nome do produtor
História biográfica
Nome do produtor
História biográfica
Nome do produtor
História biográfica
Entidade detentora
História do arquivo
O núcleo fundamental deste arquivo, e o mais antigo, pertence à linhagem dos Figueiredos chamados por alguns genealogistas «escrivães da Fazenda», ou ainda como «Senhores de Ota». Servindo a Coroa provavelmente desde os tempos da fundação do reino, é marcante no século XV Henrique de Figueiredo, escrivão da Fazenda de D. Afonso V e de D. João II. Do seu filho primogénito, Rui de Figueiredo escrivão da Fazenda de D. Manuel,descende o ramo da linhagem que vem a coligir a documentação.
Em 1722, elabora-se um primeiro inventário ou tombo que incorpora a descrição detalhada da origem, rendimentos e encargos de cada propriedade, cada capela, vínculo.
Em 1807 o descendente directo destes Figueiredos, Vasco Manuel de Figueiredo Cabral da Câmara, manda fazer um novo inventário do arquivo e um tombo de todas as suas propriedades, terras, foros e rendas. A possível partida para o Brasil – que acabou por se confirmar -, confere a este documento um carácter de importância fulcral na gestão do património e herança simbólica familiar.
O arquivo terá permanecido no reino e, depois do regresso da família, continuou a ser acrescentado nas gerações seguintes. Com a lei da extinção dos morgadios e a consequente divisão de propriedades, a documentação foi dividida pelos membros da família, consoante a propriedade herdada. Uma parte regressará, por herança e já no final do século XX, ao tronco principal da família e uma pequena parte foi comprada.
O Acervo tem sido alvo de reorganização e trabalho de investigação desde os anos 90 do século XX e tem sido recuperada alguma documentação dentro do meio familiar.
Continuando na posse da família, o Arquivo da Casa de Belmonte permanece também um arquivo aberto e é acrescentado sempre que se justifica.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
A documentação existente neste arquivo relaciona-se maioritariamente com a gestão das propriedades, morgados e capelas pertencentes à família. O documento mais antigo conservado data de 1499 e acumulação de documentos verifica-se até aos dias de hoje.
A documentação corresponde à gestão de propriedades em Ota (chamada Quinta de Ota, originalmente prazo foreiro ao convento de Odivelas;acrescentada ao longo de tempo com terras adquiridas por compra e por heranças); Lobagueira (actualmente chamada Encarnação, Mafra, compreendendo casas de morgado, terras e igreja com respectivo padroado); Lisboa (Casa e morgado do Castelo; Casas em vários locais da cidade e quintas nos seus arredores ligados a diferentes morgados e capelas; palácio da Boa Hora, construído no século XVIII hoje inexistente); Seixal (quintas e terras de um morgado feminino); Belmonte (Casas e castelo; Capela de Nossa Senhora da Piedade na Igreja de S. Tiago em Belmonte; alcaidaria mor; terras: Entr'águas, Serôdio, Colmeal, quinta Cimeira, quinta do Meio, quinta das Olas, quinta dos Trigos, quinta do Espírito Santo; quinta do Monte; Ínguias; Carvalhal, Malpica,Massaínhos, Orjais, , Aldeia do Mato, Gonçalo,Peraboa, Ferro, Dominguizo, Alcaria,Rei Fernando, Pereiras); Castanheira (Terras) Vila Franca de Xira (terras); Serpa (herdade da cabeça de Azinho, Herdade de João Pereira),Cartaxo (Quinta das Laranjeiras); Montemor o Novo-Lavre (Herdade de S. Lourenço do Outeiro), Carregado (Quinta do Carregado; quinta de Monte de Loyos, quinta da Especendeira - também chamada Brandoa ou Bordalia).
A Casa tem ainda a Capela da Barreteira na vila de Maçãs de D. Maria (por mercê do príncipe regente de 1807, composta de terras, olivais e hortas), A alcaidaria mor da Sertã e Pedrógão e as seguintes comendas: S. Pedro de Merelim, S. Salvador de Castelões, S. João Baptista de Sinfães, S. Tiago de Besteiros e S. Pedro de Babe. Tem ainda um foro à comenda do Vale em Santarém. Desde o século XVI é proprietária da donataria dos Maninhos da Covilhã.
Encontramos neste arquivo documentos de compra e venda, emprazamentos, arrendamentos, sentenças judiciais, mas também testamentos, escrituras de dote e casamento e correspondência vária. Existem também tombos de comendas, certidões de vários tipos. Para além disso existem mapas, livros de contas, recortes e impressos vários e fotografias. A esta documentação estão igualmente ligados objectos como pintura, escultura e um altar portátil.
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de organização
O total de caixas identificadas e contendo documentação descrita é de 136.
Permanece por identificar, descrever, organziar e classificar a restante documentação, que inclui algumas dezenas de caixas e dossiers.
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
Script do material
Cota(s)
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de descrição
Índice de 1807.
Índice de 1997;
Índice actualizado (elaboração em curso).
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Related descriptions
Nota de publicação
Zona de notas
Nota
Identificadores alternativos
Pontos de acesso
Pontos de acesso - assunto
Pontos de acesso - lugares
Ponto de acesso - nome
Zona do controlo da descrição
Identificador da descrição
identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.
Estatuto
Nível de detalhe
Datas de criação, revisão, eliminação
Idioma(s)
Script(s)
Fontes
SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - "O Arquivo da Casa de Belmonte: o que tempo (ainda) não apagou", in, ROSA, Maria de Lurdes (org.) - Actas do Colóquio Internacional Arquivos de Família (séculos XIII-XIX): que presente, que futuro? Lisboa, IEM-CHAM-Caminhos Romanos, 2012, pp. 491-506.
SOUSA, Maria João da Câmara Andrade e - Da Linhagem à Casa: estratégias de mobilidade social num grupo familiar no Portugal moderno (séculos XVI-XVII), (tese de mestrado), Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 2007.