Código de referência
PT/BNP/ ALB/SS 03
Título
Magalhães. Família, senhores da Barca
Data(s)
- 1363-1605 (Produção)
Nível de descrição
Subsistema
Dimensão e suporte
Área de contextualização
Nome do produtor
Almada e Lencastre Bastos. Família.
([19--])
Nome do produtor
Nome do produtor
Nome do produtor
Ribeiro. Família, morgados do Canidelo (1458 - [c.1565])
(1458 -[c.1565])
Nome do produtor
Carvalho. Família, morgados dos Carvalhos (flor. 1454-1615)
(flor. 1454-1615)
Nome do produtor
Valadares. Família.
(flor. 1480-1653)
Entidade detentora
História do arquivo
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
São vários os autores que, apoiados nas genealogias de Felgueiras Gaio, D. António de Lima , nas Inquirições de 1288 e no Livro de Linhagens do século XVI , têm publicado estudos sobre a família Magalhães, a sua origem e os seus elementos. Apoiados em diferente bibliografia, os resultados são, naturalmente, discordantes – se Villas-Boas, apoiado em Felgueiras Gaio, atribui a origem dos Magalhães em Portugal à chegada, em 1245 , de Afonso Vaz, cavaleiro bolonhês, companheiro de D. Afonso, conde de Bolonha, já Abranches de Soveral sugere, apoiado nas Inquirições, que a mais antiga referência a um Magalhães se refere a Rui Fernandes de Magalhães, “senhor da honra da quintã da Torre de S. Martinho de Magalhães (hoje a freguesia de Paço Vedro de Magalhães, no concelho de Ponte da Barca) e do couto de Fontarcada (Póvoa de Lanhoso) ”.
Segundo uma árvore genealógica manuscrita existente no ALB , realizada posteriormente a 1705, data de nascimento de João Manuel de Meneses, que a terá encomendado para registar a sua ascendência relativamente à família Magalhães, a linhagem grafada é a mesma seguida por Felgueiras Gaio no Nobiliário, o que poderá significar duas hipóteses: que a linha sucessória apresentada por Felgueiras Gaio está correta ou que a árvore em questão foi elaborada segundo a mesma fonte.
Sem querer entrar em mais considerações acerca da origem da família em Portugal e nas terras da Nóbrega , que não é o objetivo deste trabalho e apoiando-nos nos documentos que nos chegaram da mesma, podemos afirmar que o primeiro elemento do qual registamos documentação no ALB é Afonso Rodrigues de Magalhães, senhor do castelo da Nóbrega, outorgado por D. Fernando no ano de 1367 , que lhe concedeu também Vila Chã e Larim no ano de 1372 pela sua participação (com duas lanças) no contexto de guerras fernandinas com Castela . Do seu casamento com Teresa Freire de Andrade, filha bastarda do Mestre da Ordem de Cristo, Nuno Freire de Andrade Sotomaior , sugerido pelos autores acima referidos, não temos qualquer indicação no ALB. O único documento que dele encontrámos, datado de 1363, informa-nos que era casado com Maria Fernandes, filha de Martim Esteves e Catarina Ferreira .
O que é certo é que teve pelo menos dois filhos: Gil Afonso de Magalhães e Inês Afonso . Os documentos existentes no ALB permitem-nos seguir a linha do primogénito, Gil Afonso de Magalhães, a quem D. João I confirmou os bens que haviam sido de seu pai, concedeu-lhe o couto de Fonte Arcada e a terra de Lindoso, decorria o ano de 1387 . Casou, mais ou menos por essa data, com Inês Vaz , aia da rainha D. Filipa de Lencastre , a qual adquiriu o couto do Souto de Rebordões em 1389 pelo montante de cinquenta libras .
Do casamento com Inês Vasques nasceram pelo menos três filhos: Afonso, João e Fernão. O primogénito, Afonso de Magalhães, herdou os senhorios dos pais, e em 1454 fez doação ao seu irmão João de Magalhães do souto de Rebordões . Tendo falecido Afonso de Magalhães, sem sucessão , a sucessão dos restantes bens recaiu sobre João de Magalhães, fidalgo da casa do Duque de Bragança , tendo recebido de D. Afonso V a confirmação da terra da Nóbrega em 1454 , o que lhe permitiu consolidar a lenta ascensão social da família, afirmar o seu prestígio e poder político-militar nessa região do país.
Com efeito, a jurisdição da terra da Nóbrega e alcaidaria do seu castelo e o Souto de Rebordãos constituíram o núcleo de poder que os varões primogénitos transmitiram ao longo de várias gerações (João de Magalhães I, Gil de Magalhães, João de Magalhães II, Manuel de Magalhães e António de Magalhães de Meneses) que, como referimos atrás, lhes permitiu afirmar e consolidar o poder político, militar, jurisdicional e económico da família nesta zona do país.
Para isso contribuíram não só as ligações clientelares com a casa de Bragança, da qual alguns elementos da família eram escudeiros e fidalgos ou com a casa de Viseu , mas também as alianças matrimoniais que foram estabelecendo com famílias do mesmo nível económico e social – João de Magalhães I casou com Isabel de Sousa, neta de Lopo Dias de Sousa, mestre da Ordem de Cristo ; Gil de Magalhães, casou duas vezes, ambas com senhoras de famílias nobres: Maria de Meneses, filha de Rui Gomes da Silva, alcaide de Campo Maior e Isabel de Meneses, filha de Gonçalo Nunes Barreto, alcaide mor de Faro e senhor de Quarteira e de Isabel Pereira, filha do governador da casa do Infante D. João ; João de Magalhães II com Leonor da Silva, filha de Fernão de Castro, alcaide mor de Melgaço; Manuel de Magalhães com Margarida da Silva, filha de Leonel de Abreu, quinto senhor de Regalados e alcaide mor da Lapela; António de Magalhães com Isabel de Meneses, sua prima. Os casamentos endogâmicos foram, como em tantas outras famílias da nobreza portuguesa, uma prática nesta família. Deles são exemplo este último a que nos referimos, mas também entre Constança e Francisco de Magalhães, João e Inês de Magalhães, como veremos adiante.
Até 1561 a posse da terra da Nóbrega e Souto de Rebordãos constituíram os bens prestigiantes e transmissíveis ao primogénito da linhagem, mas a partir desse ano, data de instituição de uma capela na igreja de S. João de Ponte da Barca por Manuel de Magalhães e Margarida da Silva esse paradigma alterou-se, com a introdução de um novo elemento e modelo de transmissão de património – o modelo de sucessão vincular. Com efeito, após 1561, começam a surgir na família novas regras de sucessão no património familiar. Se até então o bom serviço régio era garantia da confirmação dos bens da coroa, a gestão e transmissão da administração do património vinculado obedecia a outras regras – aquelas que haviam sido impostas pelos instituidores. E bastava que uma delas não fosse cumprida para que alguém fosse afastado da administração do vínculo, como aconteceu com António Magalhães de Meneses. Com efeito, a administração da capela não foi entregue ao primogénito como seria de esperar, mas sim a um filho segundo – Matias da Silva – que o transmitirá, por falta de sucessão legítima , a um sobrinho da sua cunhada Isabel de Meneses – Bento da Silva Meneses . Em 1665 era efetivamente um sobrinho deste, Manuel da Silva Meneses, abade de Santo André de Guilhadeses, quem administrava os bens da capela, mas num outro documento refere-se que Constantino de Meneses, filho de António de Magalhães de Meneses, “tomou conta do casco da capella de que não foi excluído” , indicação de que os bens da capela foram “desanexados” da capela “física”, se assim o podemos dizer. Não podendo ser administrador da capela dos pais, António e Isabel fundaram, por sua vez, em 1576, uma capela da invocação da Madre de Deus, na Quinta da Boavista .
Pela análise da documentação leva-nos a concluir que a implementação do modelo de sucessão vincular sofreu alguns revezes nesta linhagem. Para além deste atropelo inicial, as gerações seguintes foram também marcadas por quebras de varonia e primogenitura. Constantino de Magalhães de Meneses , filho de António de Magalhães de Meneses casou com Isabel de Aragão, mas o seu primogénito, António de Magalhães e Meneses, faleceu, cerca de 1670, sem descendência, tendo os bens sido transmitidos à irmã Joana Manuel de Magalhães . Esta casou com Afonso de Meneses, mestre sala do rei D. João IV , filho de Fradique de Meneses e Isabel Henriques .
A linhagem dos Magalhães, agora associada à dos Meneses, prosseguiu com os filhos do casal Joana e Afonso: Fradique António de Magalhães e Meneses, casado com Jerónima Barreto Corte Real, filha de Fernão Nunes Barreto, morgado de Freiriz e João Manuel de Meneses. Dos vários filhos do primeiro casal nenhum teve descendência , pelo que coube o seguimento da linhagem ao irmão de Fradique – João Manuel de Meneses e ao seu casamento com Francisca Luísa Ferreira de Mendonça, filha de Francisco Ferreira Furtado de Mendonça, morgado de Argemil, e de Maria de Mendonça Antas, filha de Gaspar dos Reis Dantas, também instituidor de vínculo. Este casamento fez com que entrasse na família Magalhães de Meneses os morgados (e os documentos) de Argemil, Fajozes, Canidelo e Freiria. O filho deste casal, Francisco Furtado de Mendonça e Meneses casou com Mariana Luísa de Valadares, filha de João de Valadares Carneiro , acrescentando aos morgadios que já detinha os morgadio dos Valadares, Machucho e Carneiro. Dos filhos deste último casal, foi o secundogénito (por morte de Francisco António de Meneses) João Manuel de Meneses quem herdou os morgadios detidos pela família. Nascido em Ponte de Lima, em 1705 , local onde, desde pelo menos do tempo do seu avô, a família se veio a instalar no “arrabalde além da ponte”, casou com Maria Rosa de Meneses, filha do almotacé mor do reino, João Gonçalves da Câmara Coutinho e de Luísa de Meneses, dama do paço. Dos filhos do casal, foi a primogénita Mariana Luísa da Trindade e Meneses quem herdou o património da casa. Nascida em 1727, foi apenas aos 30 anos que casou com Tristão da Cunha de Mendonça e Meneses, filho do vedor da casa da rainha D. Mariana de Áustria, Carlos José Bento de Meneses, também ele senhor de vários morgadios . Por questões de partilhas, à morte do avô João Manuel de Meneses, ocorrida em 1769 , e do tio deste, João Luís de Meneses , gerou-se uma questão sucessória entre as irmãs Mariana Luísa e Luísa Antónia de Magalhães e Meneses, casada com Diogo Pereira Forjaz Coutinho Barreto de Sá e Resende, governador da Madeira entre 1781 e 1798 . A questão apenas se veio a resolver entre os filhos de ambos, os primos João Manuel de Meneses e Miguel Pereira Forjaz Coutinho, e encerrar-se pela morte do primeiro, sem sucessão em 1819 . Miguel Pereira Forjaz, filho de Diogo Forjaz, foi o herdeiro do primo, mas devido ao seu falecimento ocorrido em 1827, sem descendência, todo o património e documentos foram herdados pela irmã, Maria Joana do Monte Forjaz Câmara Coutinho, casada com o terceiro Visconde de Vila Nova de Souto del Rei.
Segundo uma árvore genealógica manuscrita existente no ALB , realizada posteriormente a 1705, data de nascimento de João Manuel de Meneses, que a terá encomendado para registar a sua ascendência relativamente à família Magalhães, a linhagem grafada é a mesma seguida por Felgueiras Gaio no Nobiliário, o que poderá significar duas hipóteses: que a linha sucessória apresentada por Felgueiras Gaio está correta ou que a árvore em questão foi elaborada segundo a mesma fonte.
Sem querer entrar em mais considerações acerca da origem da família em Portugal e nas terras da Nóbrega , que não é o objetivo deste trabalho e apoiando-nos nos documentos que nos chegaram da mesma, podemos afirmar que o primeiro elemento do qual registamos documentação no ALB é Afonso Rodrigues de Magalhães, senhor do castelo da Nóbrega, outorgado por D. Fernando no ano de 1367 , que lhe concedeu também Vila Chã e Larim no ano de 1372 pela sua participação (com duas lanças) no contexto de guerras fernandinas com Castela . Do seu casamento com Teresa Freire de Andrade, filha bastarda do Mestre da Ordem de Cristo, Nuno Freire de Andrade Sotomaior , sugerido pelos autores acima referidos, não temos qualquer indicação no ALB. O único documento que dele encontrámos, datado de 1363, informa-nos que era casado com Maria Fernandes, filha de Martim Esteves e Catarina Ferreira .
O que é certo é que teve pelo menos dois filhos: Gil Afonso de Magalhães e Inês Afonso . Os documentos existentes no ALB permitem-nos seguir a linha do primogénito, Gil Afonso de Magalhães, a quem D. João I confirmou os bens que haviam sido de seu pai, concedeu-lhe o couto de Fonte Arcada e a terra de Lindoso, decorria o ano de 1387 . Casou, mais ou menos por essa data, com Inês Vaz , aia da rainha D. Filipa de Lencastre , a qual adquiriu o couto do Souto de Rebordões em 1389 pelo montante de cinquenta libras .
Do casamento com Inês Vasques nasceram pelo menos três filhos: Afonso, João e Fernão. O primogénito, Afonso de Magalhães, herdou os senhorios dos pais, e em 1454 fez doação ao seu irmão João de Magalhães do souto de Rebordões . Tendo falecido Afonso de Magalhães, sem sucessão , a sucessão dos restantes bens recaiu sobre João de Magalhães, fidalgo da casa do Duque de Bragança , tendo recebido de D. Afonso V a confirmação da terra da Nóbrega em 1454 , o que lhe permitiu consolidar a lenta ascensão social da família, afirmar o seu prestígio e poder político-militar nessa região do país.
Com efeito, a jurisdição da terra da Nóbrega e alcaidaria do seu castelo e o Souto de Rebordãos constituíram o núcleo de poder que os varões primogénitos transmitiram ao longo de várias gerações (João de Magalhães I, Gil de Magalhães, João de Magalhães II, Manuel de Magalhães e António de Magalhães de Meneses) que, como referimos atrás, lhes permitiu afirmar e consolidar o poder político, militar, jurisdicional e económico da família nesta zona do país.
Para isso contribuíram não só as ligações clientelares com a casa de Bragança, da qual alguns elementos da família eram escudeiros e fidalgos ou com a casa de Viseu , mas também as alianças matrimoniais que foram estabelecendo com famílias do mesmo nível económico e social – João de Magalhães I casou com Isabel de Sousa, neta de Lopo Dias de Sousa, mestre da Ordem de Cristo ; Gil de Magalhães, casou duas vezes, ambas com senhoras de famílias nobres: Maria de Meneses, filha de Rui Gomes da Silva, alcaide de Campo Maior e Isabel de Meneses, filha de Gonçalo Nunes Barreto, alcaide mor de Faro e senhor de Quarteira e de Isabel Pereira, filha do governador da casa do Infante D. João ; João de Magalhães II com Leonor da Silva, filha de Fernão de Castro, alcaide mor de Melgaço; Manuel de Magalhães com Margarida da Silva, filha de Leonel de Abreu, quinto senhor de Regalados e alcaide mor da Lapela; António de Magalhães com Isabel de Meneses, sua prima. Os casamentos endogâmicos foram, como em tantas outras famílias da nobreza portuguesa, uma prática nesta família. Deles são exemplo este último a que nos referimos, mas também entre Constança e Francisco de Magalhães, João e Inês de Magalhães, como veremos adiante.
Até 1561 a posse da terra da Nóbrega e Souto de Rebordãos constituíram os bens prestigiantes e transmissíveis ao primogénito da linhagem, mas a partir desse ano, data de instituição de uma capela na igreja de S. João de Ponte da Barca por Manuel de Magalhães e Margarida da Silva esse paradigma alterou-se, com a introdução de um novo elemento e modelo de transmissão de património – o modelo de sucessão vincular. Com efeito, após 1561, começam a surgir na família novas regras de sucessão no património familiar. Se até então o bom serviço régio era garantia da confirmação dos bens da coroa, a gestão e transmissão da administração do património vinculado obedecia a outras regras – aquelas que haviam sido impostas pelos instituidores. E bastava que uma delas não fosse cumprida para que alguém fosse afastado da administração do vínculo, como aconteceu com António Magalhães de Meneses. Com efeito, a administração da capela não foi entregue ao primogénito como seria de esperar, mas sim a um filho segundo – Matias da Silva – que o transmitirá, por falta de sucessão legítima , a um sobrinho da sua cunhada Isabel de Meneses – Bento da Silva Meneses . Em 1665 era efetivamente um sobrinho deste, Manuel da Silva Meneses, abade de Santo André de Guilhadeses, quem administrava os bens da capela, mas num outro documento refere-se que Constantino de Meneses, filho de António de Magalhães de Meneses, “tomou conta do casco da capella de que não foi excluído” , indicação de que os bens da capela foram “desanexados” da capela “física”, se assim o podemos dizer. Não podendo ser administrador da capela dos pais, António e Isabel fundaram, por sua vez, em 1576, uma capela da invocação da Madre de Deus, na Quinta da Boavista .
Pela análise da documentação leva-nos a concluir que a implementação do modelo de sucessão vincular sofreu alguns revezes nesta linhagem. Para além deste atropelo inicial, as gerações seguintes foram também marcadas por quebras de varonia e primogenitura. Constantino de Magalhães de Meneses , filho de António de Magalhães de Meneses casou com Isabel de Aragão, mas o seu primogénito, António de Magalhães e Meneses, faleceu, cerca de 1670, sem descendência, tendo os bens sido transmitidos à irmã Joana Manuel de Magalhães . Esta casou com Afonso de Meneses, mestre sala do rei D. João IV , filho de Fradique de Meneses e Isabel Henriques .
A linhagem dos Magalhães, agora associada à dos Meneses, prosseguiu com os filhos do casal Joana e Afonso: Fradique António de Magalhães e Meneses, casado com Jerónima Barreto Corte Real, filha de Fernão Nunes Barreto, morgado de Freiriz e João Manuel de Meneses. Dos vários filhos do primeiro casal nenhum teve descendência , pelo que coube o seguimento da linhagem ao irmão de Fradique – João Manuel de Meneses e ao seu casamento com Francisca Luísa Ferreira de Mendonça, filha de Francisco Ferreira Furtado de Mendonça, morgado de Argemil, e de Maria de Mendonça Antas, filha de Gaspar dos Reis Dantas, também instituidor de vínculo. Este casamento fez com que entrasse na família Magalhães de Meneses os morgados (e os documentos) de Argemil, Fajozes, Canidelo e Freiria. O filho deste casal, Francisco Furtado de Mendonça e Meneses casou com Mariana Luísa de Valadares, filha de João de Valadares Carneiro , acrescentando aos morgadios que já detinha os morgadio dos Valadares, Machucho e Carneiro. Dos filhos deste último casal, foi o secundogénito (por morte de Francisco António de Meneses) João Manuel de Meneses quem herdou os morgadios detidos pela família. Nascido em Ponte de Lima, em 1705 , local onde, desde pelo menos do tempo do seu avô, a família se veio a instalar no “arrabalde além da ponte”, casou com Maria Rosa de Meneses, filha do almotacé mor do reino, João Gonçalves da Câmara Coutinho e de Luísa de Meneses, dama do paço. Dos filhos do casal, foi a primogénita Mariana Luísa da Trindade e Meneses quem herdou o património da casa. Nascida em 1727, foi apenas aos 30 anos que casou com Tristão da Cunha de Mendonça e Meneses, filho do vedor da casa da rainha D. Mariana de Áustria, Carlos José Bento de Meneses, também ele senhor de vários morgadios . Por questões de partilhas, à morte do avô João Manuel de Meneses, ocorrida em 1769 , e do tio deste, João Luís de Meneses , gerou-se uma questão sucessória entre as irmãs Mariana Luísa e Luísa Antónia de Magalhães e Meneses, casada com Diogo Pereira Forjaz Coutinho Barreto de Sá e Resende, governador da Madeira entre 1781 e 1798 . A questão apenas se veio a resolver entre os filhos de ambos, os primos João Manuel de Meneses e Miguel Pereira Forjaz Coutinho, e encerrar-se pela morte do primeiro, sem sucessão em 1819 . Miguel Pereira Forjaz, filho de Diogo Forjaz, foi o herdeiro do primo, mas devido ao seu falecimento ocorrido em 1827, sem descendência, todo o património e documentos foram herdados pela irmã, Maria Joana do Monte Forjaz Câmara Coutinho, casada com o terceiro Visconde de Vila Nova de Souto del Rei.
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CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAAR(CPF): Norma Internacional de Registos de Autoridade Arquivística para Pessoas Colectivas, Pessoas Singulares e Famílias. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2004, 79 p.
DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.
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